Vermelho, verde, azul
e amarelo, em diferentes tons e combinações. Assim são as araras, famosas pelo
porte altivo e por suas penas coloridas e uma das aves mais bonitas do mundo.
Há 17 espécies de
araras distribuídas pela América tropical. No Brasil, cinco espécies podem ser
encontradas na região amazônica, no Nordeste e nas regiões do Planalto Central.
As araras brasileiras verdadeiras são a arara-canindé (Ara Ararauna), a arara-canga (Ara macao),
a arara-vermelha-grande (Ara chloroptera), a arara-azul-grande, e a
arara-azul-de-lear. De todas essas, talvez, a arara-canindé, também conhecida
como arara-de–barriga amarela, seja a mais famosa. Com as asas azuis, o peito e
o ventre amarelos, ela tem duas das principais cores da bandeira brasileira.
Antigamente, ocorria da América Central até Santa Catarina. A arara-azul-grande
se destaca não só pela beleza, mas por ser o maior psitacídeo do mundo - ela
chega a medir um metro de comprimento e pesar 1,5 Kg! Suas penas azuis escuras fazem com que, de longe, pareça preta. É também, por isso, conhecida como
arara-preta e arara-una (sendo “una”, negro em Tupi).
As araras vivem em pequenos grupos ou casais, nas copas das árvores das
matas e cerrados, a fim de se protegerem de predadores, como grandes cobras e
aves de rapina. Na natureza, emitem sons e gritos característicos, que se
assemelham à palavra “arara” (motivo pelo qual os indígenas lhe deram este
nome). É com esses gritos que elas se comunicam, definem territórios e,
inclusive, brincam. As araras costumam ser fiéis aos seus parceiros até
a morte, elas podem viver até 70 anos de idade. Os seus ovos são colocados em
buracos cavados no alto do tronco de palmeiras. É a mãe que choca o ovo, mas
ambos os pais alimentam a sua cria.
Confira abaixo as espécies de Araras que encontramos no Brasil:
Arara-canindé (Ara Ararauna). Conhecida também
como arara-de-barriga-amarela, arara-azul (Amazônia), canindé, arara-amarela e
ara-arauna. É um dos psitacídeos mais espertos. Mede cerca de 80
centímetros de comprimento. Grande e de cauda longa, Inconfundível e vistosa coloração azul
ultramarino no dorso, e amarelo-dourado na parte inferior desde a face. Encontrada
desde a Amazônia até o Paraná.
Araracanga (Ara macao) também chamado como arara-vermelha, arara-vermelha-pequena, arara-macau e arara-boliviana (Rondônia). Foi desenhada como enfeite no primeiro
mapa do Brasil, confeccionado em 1502. Mede cerca de 89 centímetros de
comprimento. De tamanho grande. Chamativa por sua coloração vermelha escarlate, podendo encontrada por toda a Amazônia brasileira.
Arara-vermelha-grande (Ara chloroptera) também conhecida como arara-verde. Mede cerca de 90cm de comprimento e pesa
1,5kg. De coloração vermelha parecida com a araracanga, da qual se diferencia pelo vermelho mais escuro, face
decorada por linhas delgadas de penas vermelhas, e especialmente, pelo verde na
parte média das asas que continua até a parte de trás. Encontrada Amazônia
brasileira e em rios costeiros margeados por florestas no leste do País,
chegando originalmente até o Espírito Santo, Rio de Janeiro e interior do
Paraná.
Arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus). Conhecida também como arara-azul-grande, arara-preta (Mato
Grosso), arara-una (“una” significa “negro” em tupi) e arara-hiacinta. Mede
cerca de 98 centímetros de comprimento e pesa 1,5 quilo. Coloração
inconfundível, principalmente azul intensa, com diferentes tonalidades. Base do
bico e anel ocular nus e de cor amarela, partes internas das asas e cauda negras.
Gigante entre as araras, a arara-azul-grande é considerada o maior
representante da família em todo o mundo.
Arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) também conhecida como arara e arara-azul-menor. A arara-azul-de-lear
mede entre 70 e 75 cm e pesa em torno de 900 gramas. Vive numa região
extremamente restrita do sertão baiano, nos desfiladeiros da Reserva
Ecológica Raso da Catarina, próximo à cidade de Paulo Afonso, no norte do sertão
baiano. Ocorre também na Reserva Biológica de Canudos, no mesmo estado (BA).